quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Rafael e a pré-escola

Com 3 anos decidi que o Rafael deveria começar a frequentar as pré-escola, é óbvio que conversei com a médica dele! Mas quanto mais depressa o meu filho descobrisse o mundo lá fora, penso eu que mais fácil seria para ele digerir as diferenças. Penso que não estou errada nesta forma de pensar e de estar! A vida por si só já é muitas vezes cruel, por isso tenho o dever como mãe de conduzir o meu filho para estar preparado!


Confesso que estava em pânico e tinha um nó na garganta! Pois até a essa data ele estava sempre rodeado de pessoas que percebiam da doença dele, ou com os pais ou com os avós. Sim, porque quem toma conta dele é a minha sogra! Custou um bocadinho! Mas lá fui eu com ele leva-lo à escola! Antes disso houve uma reunião de pais com a educadora, e expus o problema do Rafael. Senti que ficaram muitas duvidas no ar, mas só o dia a dia é que nos ajuda a compreender melhor este tipo de doenças!

O Rafael também estava cheio de medo, mas juntos sei que superamos obstáculos! E foi com muito orgulho que o deixei na escola, porque estávamos todos ansiosos e receosos, mas o meu príncipe, que tão pequeno já tem uma realidade tão diferente das outras crianças, aguentou-se bem, ficou tão bem na escola! Enquanto alguns choravam e berravam, ele ficava a olhar com um ar espantado, a pensar que era tão estranho aquelas birras todas, se alguns passassem e enfrentassem o que ele enfrenta diariamente aí sim tinham razão para chorar.

Mas, talvez seja mesmo assim, pela experiência que vou tendo, quantos mais obstáculos a vida nos propõe e quantos mais vencemos, mais maduros ficamos e percebemos que não é com choradeira e lamechices que superamos os nosso problemas!

E até hoje, lá vai o meu rapazote para a escola, de manhã mando-lhe o lanche dele, à hora de almoço a avó prepara-lhe sempre um pratinho de sopa e o 2º prato, para sobremesa uma peça de fruta, volta outra vez à escola e as 15h30 regressa a casa da avó, até eu ou o Filipe o irmos buscar!

No inicio foi complicado, não pelo Rafael, mas pela educadora e auxiliar, porque aparentemente perceberam, mas na realidade não tinham percebido, cometaram erros, mas que foram contornados e devidamente resolvidos! Entretanto também pedi uma declaração à medica para entregar na escola!

Felizmente, correu bem, mas também é pena que por vezes tenha que se errar para perceber que tipo de doença o Rafael tem. Como o Rafael, tem uma óptima aparência, é bem constituído, até grandinho demais para a idade, eu vejo na cara das pessoas, que acham que eu é que exagero e que provavelmente ele não tem nada... mas eu respeito a ignorância! E contorno a situação...