quarta-feira, 30 de junho de 2010

Chegada a Casa com o nosso 2º filho

A chegada a casa, que muitas vezes seria maravilhoso é por muitas vezes um momento doloroso!


Saí do hospital com uma ansiedade tremenda de ir a correr para os braços do Rafael, dividir o momento com ele, um momento que eu julgo ser nosso, felizmente por um lado a minha casa encheu-se rapidamente de pessoas que nos são muito queridas, sinónimo de amar e sermos amados, infelizmente porque quando saímos do hospital vimos exaustas, cansadas... Eu só queria o meu cantinho, o meu sossego a minha intimidade... a exaustão é tanta, tanta gente a falar ao mesmo tempo, tanta gente ao mesmo tempo, que por mais que queiramos receber bem as pessoas é impossivel. E eu gosto de receber bem as visitas, de estar com elas de lhes dar atenção, mas quando se vem com uma bebe nos braços, tendo outro filho de 4 anos à nossa espera, quando tudo é novo, é muito difícil gerir a situação!


Custa muito, ainda por cima aquelas pessoas que nos pensávamos que podíamos estar mais a vontade em relação a estes sentimentos são as primeiras a criticarem a forma como as recebemos, e se não criticam pensam... basta o olhar delas nos dias seguintes à visita, e ficam tão ofendidas que nem voltam a fazer uma visita... o ser humano é muito complicado... mas muito complicado mesmo.


Mas sinceramente o que me preocupa mesmo é o meu bem estar, a minha sanidade mental (que nesta altura está muito melindrada) preocupa-me o bem estar da minha bebé e do meu filho!


Sim! Eu nunca vou visitar ninguém nos primeiros dias, eu não vou nos primeiros fins de semana, e por uma questão de gostar da pessoa que teve bebe, de a respeitar e de querer o melhor para ela ligo sempre para saber se a posso visitar e quando a poderei ir visitar. Se ela me disser não, não vou ficar chateada, não não vou! Ficaria sim chateada se senti-se que estaria a ser um frete alguém me receber.
Mas realmente, nós enquanto seres humanos não somos todos iguais!
E ao fim de duas semanas as visitas desapareceram, e aquela euforia esvaeceu! O que me deixa um pouco triste porque resumindo somos mesmo torturadas nos dias em que mais precisamos de descansar e ,quando realmente precisávamos de companhia e de visitas, como deixamos de ter a novidade já ninguém aparece... Isto é, não vou ser injusta na totalidade, porque quem realmente gosta de mim continua vir cá visitar-me...

Mas é quase um atentado à nossa família, ao nosso bem estar, porque quando os bebes ainda se estão a adaptar ao nosso meio, ainda não tem defesas, quando o dia a dia deles é chorar, comer e dormir e pouco ou nada se dão conta de quem está a sua volta a nossa casa esta bombásticamente repleta... E quando os bebes são mais crescidinhos, começam a reagir as nossas intervenções, quando eles até já gostam de brincar e ir para o colo, a nossa casa esta vazia...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Bem Vinda Iris!!!

Foi com muita alegria que recebemos a Íris. O meu medo, era deixar o meu filhote Rafael, que tinha 4 anos, 2 ou 3 dias sem mim. Eu sei que ele estava em boas mãos, mas... o meu filho, o meu Príncipe tantos dias longe de mim. Foi muito difícil! O momento do nascimento da Íris foi de alegria, eu tinha que pensar e pensei sempre na chegada dela com alegria e muito amor, como se estivesse a ser mãe pela primeira vez, para que ela sentisse o quanto a amava-mos, mas la num cantinho do meu coração ele estava partido, porque o meu filho não estava ali comigo!

É tudo uma questão de adaptação e de aprendizagem! É interiorizarmos, que a nossa vida vai levar novamente uma viragem. Não é fácil, mas são momentos únicos em que os sentimentos estão á flor da pele, onde estamos felizes, inseguros, amamos intensamente, não sabemos se vamos ser capazes, não sabemos como havemos de reagir... mas tudo se compõem.

Tinha feito uma promessa ao Rafael! E cumpri rigorosamente, que a seguir ao pai, já que não podia estar no hospital connosco a dividir o momento em que devemos estar todos juntos, ele seria a 2º pessoa a ver a irmã! Esta promessa foi feita primeiro, porque nós dividimos tudo com o nosso filho, é óbvio que cumprimos rigorosamente. A reacção foi maravilhosa, eu estava cheia de medo, é verdade! Mas o meu príncipe, é um menino de ouro, é excepcional, da mesma forma que eu o amo tanto, consegui transmitir esse amor para ele de tal forma que ele não viu a irmã como uma intrusa, mas um membro que vem completar a família e que também irá ser amada pelo o irmão! Ele quis logo pegar nela, por pouco tempo é óbvio, até porque só ali naquele momento ele começou a cair na realidade e perceber o objectivo do percurso dos 9 meses de gravidez, a barriga da mãe a crescer, tudo terminou com um bebe nos braços da mãe! Em segundo lugar fiz a promessa e cumpri, para o salvaguardar de comentário que o pudesse magoar e sentir-se excluído, por que alguém poderia ir visitar antes dele e dizer" a Íris é linda, ou é isto ou e aquilo" eu sei que o meu filho iria sofrer, mas se ele fosse o primeiro a ver eu sei que os comentários não o magoariam tanto e tudo se tornaria um pouco indiferente, nunca é totalmente, mas assim suavizei a situação.